1. INTRODUÇÃO

Não é raro nos noticiários e em nosso cotidiano, ouvirmos falar da imensa quantidade de acidentes envolvendo adultos e crianças, vê-se também que a prática educativa em saúde não é uma prioridade atual, porém é evidente que se fazem necessárias estratégias que visem ao aprendizado de técnicas básicas de primeiros socorros desde crianças.

Maia, et al. (2012) refere que acidente é um episódio não intencional o qual pode causar lesões, e que pode ser evitável em qualquer âmbito, seja ele escolar ou em outros ambientes sociais, podendo configurar um conjunto de agravos à saúde. Às vezes, alguns tipos de acidentes na infância, além de causarem prejuízo para a vida adulta, podem deixar sequelas físicas ou emocionais em crianças ou adolescentes, tornando-se um problema educacional e de saúde pública.

Gradella (2012) afirma que acidentes podem atingir qualquer pessoa ou indivíduo seja qual for o sexo, idade, condições socioeconômicas ou quaisquer outras características; estes podem determinar lesões de graus variados de gravidade, incapacidade, afastamento da aula e até morte.
Segundo Souza (2013), os primeiros socorros são procedimentos e cuidados de urgência, prestados de início a uma pessoa ou vítima, em situações de acidentes ou mal súbito no lugar onde o caso está acontecendo. Sendo estes cuidados capazes de salvar vidas e evitar que condições mais graves ocorram.

Ainda que pequenas, as crianças são capazes de avisar, prevenir e ajudar em diversas situações, desde que tenham a orientação e instrução adequada, sendo necessário um constante aprendizado desde a infância para que possam se familiarizar com as técnicas corretas realizadas em alguns procedimentos de emergências, que apesar de simples podem mudar o rumo de uma vida.
Sena, Ricas e Viana; (2011) afirma que: o ambiente educacional é um espaço onde se localiza um amplo número de crianças em processo de interação e desenvolvimento, no qual se trabalha diferentes atividades esportivas. Por isso, o ambiente se torna favorável a acidentes.

Assim, compreende-se que a escola é um ambiente responsável pela formação de cidadãos, por isso tornando-se um local favorável para o aprendizado de ações que visem à prevenção de agravamento de acidentes.
O artigo 135, do Código Penal Brasileiro, versa que a omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os
principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas. As primeiras horas após um acidente são as mais importantes para se garantir a
recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas, de sequelas e danos.

Para Bicudo, et al. (citado por SOARES e MAGALHÃES, 2012), a importância do tema se encontra no fato de ser o trauma, um dos resultados dos acidentes, a principal causa de óbitos entre 10 e 29 anos, representar 40% das mortes em crianças entre 05 a 09 anos e 18% entre 01 e 04 anos. Ressalta-se ainda que em menores de 10 anos, a mortalidade tem aumentado proporcionalmente nas últimas décadas por causas externas; o mesmo fator que atinge quase metade das mortes de adolescentes de 10 a 14 anos no Brasil.

Portanto, diante deste cenário, entende-se que as técnicas de primeiros socorros precisam ser trabalhadas nos espaços educacionais; e os educadores devem buscar métodos através dos quais as crianças possam aprender de forma simples e divertida, saindo da rotina dos
conteúdos teóricos, participando de brincadeiras e simulações que lhes possibilitem conhecer as primeiras noções de prevenção de acidentes e primeiros socorros, e consequentemente saber o que fazer em situações emergenciais.

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